Saturday, May 17, 2008

“Os Maias” foi a obra que estudámos durante mais tempo e também é a mais complexa de todas, tendo sido escrita num contexto cultural controverso:

Questão Coimbrã

A questão Coimbrã foi sobretudo uma questão literária, que se desenvolveu a partir do ano 1865. O grande precursor desta questão foi o escritor Antero de Quental, com a sua importante obra “Bom senso e bom gosto”. Influenciou principalmente a escrita de imprensa, mas envolveu assuntos de vária ordem: estéticos, éticos, políticos, religiosos, jocosos e pessoais. Centrou-se em Coimbrã, Lisboa e Porto, chegando até ao Brasil.

Pode-se descrever esta questão literária como uma luta entre dois romantismos: o dos conservadores de Lisboa e o dos contestatários de Coimbra. Feliciano Castilho liderava o grupo dos conservadores e Antero de Quental o dos contestatários. Mais tarde, o romantismo de Coimbra evoluiu para um realismo, tendo por objectivo analisar e intervir na realidade. Os apoiantes do realismo constituíram o grupo da Geração de 70 e lutaram por um Portugal melhor, mas, não tendo conseguido cumprir o seu objectivo, tornaram-se no grupo dos “vencidos da vida”.


Resumo da intriga principal d’ Os Maias
(relação amorosa entre Carlos e Maria Eduarda)


Carlos da Maia é um jovem médico que se muda para Lisboa, indo viver para o Ramalhete, uma casa abandonada que já tinha sido habitada pela família.
Num jantar com os amigos, Carlos tem uma visão: era uma mulher bela, extraordinária, uma deusa! Carlos interessou-se de imediato por esta mulher, que era esposa de Castro Gomes, um brasileiro rico.
Tentou encontrar uma oportunidade para estar com Maria Eduarda e, quando o conseguiu, foi amor à primeira vista. Envolveram-se num romance de paz e tranquilidade, pensando mesmo em casar.
Um dia, chega a Lisboa o Sr. Guimarães. Este senhor traz com ele um cofre pertencente à mãe de Carlos e que contém revelações trágicas.
Carlos e Maria Eduarda não se podem casar, pois são irmãos!

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