Saturday, May 17, 2008


Eça de Queirós, escritor de “Os Maias”

Biografia de Eça de Queirós

José Maria de Eça de Queirós nasceu numa casa da praça do Almada na Póvoa de Varzim. Filho de José Maria Teixeira de Queirós e de Carolina Augusta Pereira d'Eça.
Eça de Queirós foi batizado como "filho natural de José Maria d'Almeida de Teixeira de Queirós e de Mãe incógnita".
Este estranho acontecimento dever-se-á ao facto de a mãe do escritor, Carolina Augusta Pereira de Eça, não ter obtido consentimento da parte da sua mãe, já viúva do coronel José Pereira de Eça, para poder casar.
Seis dias após a morte da avó, casaram os pais de Eça de Queiroz, já o menino tinha quase quatro anos. Assim, foi entregue a uma ama, aos cuidados de quem ficou até ir viver para a casa de Verdemilho em Aradas, Aveiro, a casa da sua avó paterna que em 1855 morreu.
Nesta altura foi para o Colégio da Lapa, no Porto, de onde saiu em 1861, com dezasseis anos. Depois, decidiu ir para a Universidade de Coimbra, onde estudou direito.
Além do escritor, o casal teria mais seis filhos.
Em Coimbra, Eça foi amigo de Antero de Quental. Os seus primeiros trabalhos, publicados como um folhetão na revista "Gazeta de Portugal", apareceram como colecção, publicada depois da sua morte sob o título Prosas Bárbaras.
Em 1869 e 1870, Eça de Queirós viajou ao Egipto e visitou o canal do Suez que estava a ser construído e o inspirou nos seus trabalhos.
Um dos seus trabalhos mais notáveis é o Mistério da estrada de Sintra, de 1870, e A relíquia, publicado em 1887.
Em 1871 foi um dos participantes das chamadas Conferências do Casino.
Mais tarde, em Leiria, escreveu a sua primeira novela realista da vida portuguesa, O Crime do Padre Amaro, que apareceu em 1875.
As suas obras mais conhecidas, Os Maias e O Mandarim, foram escritas em Bristol e Paris respectivamente.
O seu último livro foi A Ilustre Casa de Ramires, sobre um fidalgo do séc XIX com problemas para se reconciliar com a grandeza de sua linhagem.
Morreu em 1900 em Paris.
As suas obras foram traduzidas em, aproximadamente, 20 línguas.

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